Colar ou não colar?
Passar a perna no professor pode parecer esperteza, mas, acredite, a maior prejudicada é você. Ser esperta mesmo é ser independente
Por Manoella Oliveira
Chegou o dia da prova: tem os que engoliram os livros, os que não estudaram e aqueles que leram a matéria na véspera. Pode apostar que o friozinho na barriga é geral na maioria das pessoas, em todos esses grupos, mas são os mais ansiosos que vão levar uma ajudinha extra para a hora do exame.
"A ´cola´ acontece sempre que alguém não está lá muito seguro de seus conhecimentos. Isto porque não compreendeu a matéria, não estudou ou até 'deu um branco' ou um medo enorme de errar", explica Maria Irene Maluf, especialista em psicopedagogia.
Ela explica que os alunos que colam e se acham mais espertos do que os chamados "certinhos", que não colam, ainda não entenderam que o grande desafio é aprender. "O bom é mostrar que dá conta sozinho da´contabilidade' do boletim e que preconceito é coisa ultrapassada pelo respeito entre as diferenças", diz.
Eu não passo cola |
Mas se você é do time dos que não colam e sofre porque não sabe como negar ajuda aos colegas que vivem lhe pedindo as respostas, aqui vai a dica: seja sincera. Diga que precisa se concentrar no teste para lembrar o que estudou e que se não cola é porque aprendeu que essa é uma atitude que traz problemas e você não quer prejudicá-los. Além disso, estimule-os a acreditar mais neles mesmos e no que sabem.
"Estudar não é tão cansativo quanto dizem, é só aprender a estudar. Não basta ler e assistir à aula. O importante é ler com cuidado, tantas vezes quantas forem necessárias, destacar as ideias principais de cada parágrafo e fazer um quadro resumo", sugere Maria Irene. "Exercitar-se com frequência não é bom para o esporte? Para aprender também é: faça muitos exercícios", completa.
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